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Publicado em 21/03/2023
Complexo genético pode estar ligado ao transtorno de humor pré-menstrual
Um pesquisa conduzida nos Estados Unidos verificou que a expressão da rede de genes ESC/E(Z) é sistematicamente perturbada em casos de transtorno de humor pré-menstrual.
Complexo genético pode estar ligado ao transtorno de humor pré-menstrual

Um pesquisa conduzida nos Estados Unidos verificou que a expressão da rede de genes ESC/E(Z) é sistematicamente perturbada em casos de transtorno de humor pré-menstrual. Os pesquisadores Peter Schmidt, M.D., e David Goldman, M.D., dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) descobriram mecanismos moleculares que podem estar por trás da susceptibilidade de uma mulher sofrer com irritabilidade, tristeza e ansiedade nos dias que antecederam o seu período menstrual. Esse distúrbio disfórico pré-menstrual (DDPM) afeta 2 a 5% das mulheres em idade reprodutiva, enquanto que a tensão pré-menstrual menos grave é muito mais comum. “Nós encontramos expressão desregulada em um complexo genético suspeito, que acrescenta evidência de que o DDPM é um distúrbio de resposta celular ao estrogênio e à progesterona”, explicou Peter Schmidt, do NIH. Os achados foram reportados no periódico Molecular Psychiatry no começo do ano. “Este é um grande momento para a saúde feminina porque estabelece que as mulheres com DDPM têm uma diferença intrínseca no seu aparelho molecular para a resposta aos hormônios sexuais – não apenas comportamentos emocionais que elas deveriam ser capazes de controlar voluntariamente”, disse Goldman. No final dos anos 90, a equipe de pesquisadores havia demonstrado que as mulheres que regularmente experimentavam sintomas de transtorno de humor imediatamente antes de seus períodos menstruais eram anormalmente sensíveis às mudanças corriqueiras nos hormônios sexuais – mesmo que seus níveis hormonais estivessem normais. E a causa para isso permaneceu um mistério. Em mulheres com DDPM, desativar experimentalmente estrogênio e progesterona eliminou os sintomas típicos do distúrbio, enquanto a adição experimental dos hormônios novamente desencadeou o ressurgimento dos sintomas. Isto confirmou que elas tinham uma sensibilidade biológica para os hormônios, que poderia se refletir em diferenças moleculares detectáveis em suas células. Seguindo as pistas, os pesquisadores estudaram o controle genético da expressão gênica em linhas de células brancas de sangue cultivadas de mulheres com DDPM e controles. Estas células expressam muitos dos mesmos genes expressos nas células do cérebro – potencialmente fornecendo uma janela para diferenças geneticamente influenciadas nas respostas moleculares aos hormônios sexuais. Uma análise de toda a transcrição gênica nas linhas celulares cultivadas revelou um grande complexo genético em que a expressão genética diferiu proeminentemente em células de pacientes em comparação com as controles. Notavelmente, este complexo de genes ESC/E(Z) (Extra Sex Combs/Enhancer of Zeste) regula mecanismos epigenéticos que regem a transcrição de genes em proteínas em resposta ao ambiente – incluindo hormônios sexuais e estressores.

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