A diabetes está presente em um grupo de doenças metabólicas que resultam na hiperglicemia na corrente sanguínea, gerando uma desordem metabólica nos carboidratos, lipídeos e proteínas. O diagnóstico de DM é obtido com os exames laboratoriais Glicemia em Jejum e o Teste Oral de Tolerância à Glicose, a hemoglobina glicada é utilizada como padrão ouro para o acompanhamento da doença.
A nomenclatura hemoglobina glicada se da a um conjunto de substâncias formandas com a interação da hemoglobina A com alguns açúcares. O teste é usado para dosar os níveis médios de glicemia no período precedente de 30 a 90 dias, possui a conveniência de não necessitar de 8 horas de jejum como os demais exames. Porém as suas desvantagens é que pode ser afetada pela presença de hemoglobinas variantes, anemias hemolíticas e nutricionais.
A realização da hemoglobina glicada pela metodologia de HPLC utiliza fragmentos moleculares eletricamente carregados e substâncias adsorventes que trocam íons com o material a ser analisado, quando realizado por essa metodologia apresenta clara vantagem sobre os demais métodos por possibilitar a identificação da presença de hemoglobinas variantes, permitindo uma análise mais criteriosa do resultado.
Especialistas atribuíram o ponto de corte da hemoglobina glicada de 6,5% para o diagnóstico de diabetes mellitus, esse nível é suficientemente sensível e específico para identificar indivíduos que estão em risco de desenvolver retinopatia e que devem ser diagnosticados como diabéticos.
Referências:
COSTA. M. R., PINA. A. P., CARVALHO. A. S., TUNES. U. R., TUNES. A .R. USO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO DIAGNÓSTICO DE DIABETES MELLITUS – REVISÃO DE LITERATURA USE OF GLYCATED HEMOGLOBIN IN THE DIAGNOSIS OF DIABETES MELLITUS – LITERATURE REVIEW Rev Fac Odontol Univ Fed Bahia 2020; 50(1) : 1-8
PANARROTO. D, TOSS. AMM, TELES. AR. Levantamento dos métodos de análise de hemoglobina utilizados em laboratórios da Serra Gaúcha. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 15, n. 3, jul./set. 2005.