Início Hemograma na infecção por Dengue – por Barbara Rocha
Artigos Científicos
Publicado em 29/05/2024
Hemograma na infecção por Dengue – por Barbara Rocha
A dengue é uma doença negligenciada, de alta morbidade e mortalidade em crianças e adultos, ocorrendo principalmente em regiões tropicais e subtropicais. As principais alterações hematológicas observadas foram: leucopenia, plaquetopenia, linfocitopenia, presença de linfócitos atípicos e alteração nas transaminases.
Hemograma na infecção por Dengue – por Barbara Rocha

O QUE É DENGUE?

A dengue é uma doença negligenciada, de alta morbidade e mortalidade em crianças e adultos, ocorrendo principalmente em regiões tropicais e subtropicais. As principais alterações hematológicas observadas foram: leucopenia, plaquetopenia, linfocitopenia, presença de linfócitos atípicos e alteração nas transaminases. A febre hemorrágica da dengue apresenta plaquetopenia mais prolongada e maior número de linfócitos atípicos, as demais alterações hematológicas apresentam-se de acordo com a evolução clínica e gravidade da doença. O exame hemograma é recomendado para todos os pacientes com suspeita de dengue. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2007).

HEMOGRAMA, QUAL SUA IMPORTÂNCIA?

O hemograma é um exame laboratorial de papel fundamental para a área da saúde, que auxilia no diagnóstico de diferentes patologias. É uma das análises mais utilizadas na prática médica, pois seus dados gerais permitem uma avaliação extensa da condição clínica do paciente. No hemograma são avaliadas as três séries celulares componentes do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas, compondo o eritrograma, leucograma e plaquetograma (ALVARO, 2010). O hemograma avalia os elementos celulares do sangue quantitativamente e qualitativamente. É o exame mais requerido nas consultas medicas, sendo parte de todo check-up de saúde. Está incluído na lista de exame de 48% dos pacientes que coletam sangue no laboratório (FAILACE, 2003). Constitui importante exame de auxílio para diagnóstico de doenças hematológicas e sistêmicas. Rotineiramente indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapia medicamentosa e avaliação de distúrbios plaquetários.

SINAIS E SINTOMAS

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias.

Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.

Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes com as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas > 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.

DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO

Para o diagnostico sorológico, a técnica mais usada é o ELISA, detectando os anticorpos IgG e IgM separadamente, devido sua alta sensibilidade e facilidade de reação. Na infecção primária, anticorpos IgM são detectados, em média, a partir do 4º dia do início de sintomas, declinando a partir do 7º dia de sintomas, até desaparecer totalmente. Anticorpos IgG são observados em níveis baixos, elevando-se gradativamente, e mantem-se detectável por vários anos (PENA 1998).

TRATAMENTO PARA A DENGUE

O tratamento é muito mais de orientação ou para a prescrição de medicações sintomáticas, como antitérmicos, analgésicos, protetores gástricos, entre outros. Também são componentes do tratamento: repouso no leito e hidratação. O paracetamol é a medicação de escolha para tratamento da febre e para analgesia. Os anti-inflamatórios não esteroides estão contraindicados no tratamento da dengue. Deve-se evitar aspirina no tratamento da dengue clássica, porque ela exacerba as manifestações hemorrágicas (PEREIRA, 2008).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ÁLVARO, Laboratório. Disponível em:< http://www.alvaro.com.br>. Acesso em 01 de abril de 2014.

BRASIL/ MINISTERIO DA SAÚDE. Dengue: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 3 ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007.

DENGUE: manual de enfermagem – Adulto e Criança, / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão, Brasília, 2008).

FAILACE. R. Hemograma: Manual de interpretação. 4 ed. Porto Alegre. Artmed, 2003.

PENA O. G. Doenças Infecciosas e Parasitárias: Aspectos Clínicos, de Vigilância Epidemiológica e de Controle – Guia de Bolso – Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 1998.

PEREIRA M. G. Epidemiologia Teoria Prática. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2008.

Compartilhar
Outros Posts
Ver Todos

Atendimento
WhatsApp